17 de maio de 2011

Enfim maduro?

Os últimos dias têm sido significativos, cheios de lições e situações que estão me levando a pensar. Tanto com as coisas de família, como trabalho, como as relações com amigos e potenciais amores, eu tenho percebido uma certa mudança na minha forma de reagir e de agir. Não mais tão impulsivo, não mais tão suscetível. Será que essa é a famigerada maturidade de que tanto falam? Essa minha síndrome de Peter Pan que teima em me perseguir talvez discorde, e nada garante que eu não vá passar pelos mesmos apuros do começo deste mês, mas o que eu preciso mesmo é me lembrar desses momentos. Acho que preciso começar a reler melhor e com mais atenção os próprios posts deste blog como referência. Para o que eu devo fazer e, mais importante, o que eu devo fazer diferente!

Ah, sim, quase me esqueci de colocar aqui uma cena pitoresca (para não dizer dantesca) do meu cotidiano. Ontem, saindo da sessão de terapia e vindo para o escritório, cheguei na plataforma da Estação Tatuapé do Metrô, e me preparei para esperar o trem seguinte para embarcar. Reparei numa comoção no primeiro vagão, algumas pessoas tentando entrar, depois uns cinco saindo, e eis que uma mulher é projetada pra fora da porta, se estabacando no chão. Era uma briga entre ela e uma outra, que vinha desde a outra estação. Um horror. Hoje em dia você realmente não sabe se está ao lado de um surtado com tendências violentas no transporte público, na rua, no restaurante, no trabalho. Alguns chamam isso de males da vida moderna, mas eu ainda fico abismado com essas demonstrações públicas de que a evolução humana às vezes me parece um processo que deu errado. Quer dizer, foi para isso que descemos das árvores? Sério mesmo?!

15 de maio de 2011

Potencial

Talvez valha mesmo o clichê de que a gente produz mais, escreve mais e posta mais em um blog quando as coisas não andam como deveriam. Quando tudo está mais ou menos no lugar, o ritmo e a frequência das postagens diminuem. Isso deve ser bom, um sinal de que não se está a ponto de explodir, e essa válvula de escape não passa a ser uma simples alternativa a simplesmente explodir de desgosto.

Depois de um começo conturbado, parece que este mês entrou nos eixos. Saí de um momento complicado no trabalho com minha fé renovada, não só na minha capacidade, mas também na das pessoas com quem trabalho, e até mesmo na função em si. Apesar dos percalços ainda continuarem nos próximos dias, dá pra agir com certa serenidade e confiança, continuar colocando as tarefas nos trilhos e aplicar um pouco do que eu acho que deve ser feito para melhorar as engrenagens da empresa.

Pena que o mesmo não possa ser dito da vida amorosa. Infelizmente tive que dar adeus à última aventura nesse campo, visto que fiquei mais de 10 dias sem saber do carinha com quem eu saí. Fico chateado, é claro, por ter investido, por ter apostado e não ter dado certo - afinal, ninguém gosta mesmo de perder. Mas devo admitir que por um lado fico até aliviado, de estar livre dessa encenação toda, desse jogo todo que existe. Sei que isso é considerado prazeroso por alguns, mas a verdade é que eu não consigo - nem nunca consegui, entender essas regras. Nunca tive ninguém que me explicasse, e toda a carga de baixa autoestima que carreguei esses anos todos também cobra seu preço. Pelo desta vez me expus, me pronunciei, tentei fazer dar certo. Também pela primeira vez me senti disposto a falar com minha família a respeito, a dar esse passo seguinte. Realmente achei que podia dar certo. Não deu.

Agora me sinto naquele momento (até que é algo animador) pré-mudanças, sabe? Cheio de potencial? Espero conseguir realizar algumas mudanças com ele. Sei lá, de atitude, físicas, emocionais, profissionais, qualquer coisa será benvinda. Acaba de me vir à mente aquele teoria da Física, de transformar energia potencial em energia cinética. É justamente isso que eu quero agora. Colocar esse potencial todo em movimento. E isso tem que rolar!

11 de maio de 2011

Reavaliando

O dia de hoje foi tranquilo, ainda que tenha passado bem rápido. Aliás, quando tudo está dando certo, o tempo voa. Recebi a ligação de uma pesquisadora que de vez em quando me chama para participar de uns estudos. Quase que eu dei uma bola fora, mas acabei corrigindo em tempo, e fui participar da tal pesquisa agora no começo da noite. É bom, uma graninha fácil por duas horas, já dá pra pagar a faxina da semana, hahahaha. Ainda mais que a faxineira nova teve problema na terça, com os filhos gripados, e só vem amanhã.

De resto, decidi manter minha boca fechada para certas coisas, só continuar fazendo o meu trabalho direito e torcendo pelo melhor - às vezes é o máximo que dá pra fazer. Como estava tudo com problemas ultimamente na minha vida, estava estranhando não ter nenhum em casa. O mais complicado é que não é em casa exatamente, não com nós três que moramos juntos, mas a minha mãe se envolve nos problemas das irmãs dela e ainda está pronta a confusão. Mas eu entendo, imagino que eu também me envolveria se fosse com as minhas irmãs. Parente não se escolhe, afinal, mas mexe com um pra você ver. A gente cerra fileiras contra quem tá de fora, não tem jeito. Depois se mata, mas primeiro o inimigo em comum. Mas... o que fazer quando o inimigo é de dentro?

Às vezes eu reclamo que minha vida é reta, sem desvios nem percalços nem novidades no caminho, mas não dá pra reconhecer que isso na verdade é um privilégio. Talvez esteja mais na hora de honrar essa benção nem tão disfarçada assim...

10 de maio de 2011

Prece

Ultimamente pra onde quer que eu olhe é problema, é dificuldade... A vida não anda fácil pra ninguém, mas eu tenho ficado muito angustiado com a falta de perspectiva, com as porradas que aqueles com quem convivo têm levado. Uma pena tão grande, uma compaixão tão profunda que dói. Principalmente porque não sei o que fazer com ela além de ficar triste. Queria muito ser uma bolinha de calor e poder alegrar as coisas por onde eu passar, pelo menos oferecer um conforto ou alento. Ainda não cheguei nesse estágio. Só posso pedir serenidade a todos, e... bem, rezar para que as coisas se acertem, para que os anjos, espíritos protetores, seja lá o que houver em esferas além da nossa, protejam e guiem aqueles a quem eu quero bem.
Isso não pode ser pedir muito.

Pode?

9 de maio de 2011

Síndrome de Garfield

Estou seriamente inclinado a pensar que todos os clichês são verdadeiros e que as segundas-feiras são uma invenção perversa de algum deus sádico. Mas tudo bem, pelo menos desta vez eu soube me manter (mais ou menos) centrado e tocar o barco, por mais que tenha sido difícil. Agora é rezar para os bons resultados da semana passada continuarem aparecendo nesta e meu chefe continuar apaziguado. Mas é difícil.

Amanhã eu também tenho terapia, o que tem sido difícil nos últimos tempos. Não porque eu não goste do que ela fala, nem é isso. Até concordo que ela não está lá para ser minha amiga, falar só o que eu quero ouvir, mas  a repetição dos conselhos e orientações tem deixado a desejar. Fora que amanhã faz uma semana que eu tentei romper o padrão e estender a mão para uma pessoa... e fiquei a ver navios desde então. É duro encarar essa realidade prefiro nem pensar muito nisso, e me dedicar só ao trabalho, que pelo menos eu sei de onde vem a porrada...

8 de maio de 2011

Escolhas

Hoje foi dia das Mães, minha irmã e meu cunhado vieram aqui para um almoço básico. Caso eu não tenha mencionado aqui, minha família nunca foi de muitas firulas ou comemorações: aniversários, Natal, Páscoa e dias assim são encarados como outros dias quaisquer. Trocamos presentes, procuramos dar coisas que achamos que vão gostar, mas é só. Nada de comida especial, ou amigos secretos, ou coisas assim. Não vejo muito sentido, sou mesmo da corrente que prefere pensar em construir uma existência harmoniosa no dia a dia - e mesmo isso é tão difícil atualmente.

Agora há pouco tive que dar adeus a uma oportunidade de trabalho, por conta de compromissos assumidos no meu atual. Foi duro, ainda mais depois da semana de cão que eu tive, mas eu me sentiria traindo o meu atual chefe e meus atuais clientes e, como diz o ditado: perdido por um, perdido por mil. Resta confiar que a decisão tomada foi a melhor, e rezar para que tudo dê certo - para todos. E que venha a segunda-feira. Mas com menos novidades, por favor. Preciso de um respiro.

7 de maio de 2011

Todo mundo espera alguma coisa...?

E então chega o sábado e toda a adrenalina e montanha russa da semana se esvai e dá tempo de descansar um pouco. Minha mãe também estava com melhor humor, então deu pra gente acertar os ponteiros como deveríamos. E ainda chegou o presente que minhas irmãs deram para ela - um massageador para os pés. Claro que todos experimentaram, mas pelo menos ela terá como relaxar quando estiver com as pernas doloridas após uma caminhada exagerada.

Depois disso, à noite, fui à Paulista com a Camila, conhecemos um barzinho novo - básico e bom, como deve ser. Após alguns bons drink e muitos assuntos depois, uma volta pela Cultura e eu entregar o celular que estava sem usar aqui em casa para ela, como queria fazer há algumas semanas, voltei para casa com a sensação (ótima) de uma noite bem aproveitada.

A única manchinha nessa ficha perfeita é que o carinha que eu estava conhecendo não mandou mensagem nem sinal de vida, como falou que ia fazer. Não estava realmente com minhas expectativas altas, mas a esperança é mesmo a última a morrer, não é? Minha psicóloga levantou a hipótese de que no fundo eu queria que desse errado, para poder me lamentar depois. Fato é que eu realmente esperava que esse poderia ser "the one". Deve ter alguma coisa dado errada no meio do caminho, mas (e isso é um grande mas) eu fiz tudo que estava ao meu alcance - até algumas coisas que não são do meu feitio. Agora me resta aceitar o que vier, e OK, né? Se é o que tem pra hoje...

6 de maio de 2011

Ciclos

Como eu falei para várias pessoas, tem semanas que começam com tudo redondinho, e depois desandam de uma maneira que você nem vê a placa do caminhão que te atropelou. Já em outras, que começam com relâmpagos e tempestades, acabam se acertando e deixando para trás uma sensação de luta vencida. Esta caiu na segunda categoria. Talvez aí sim fique claro que minha índole é não desistir de lutar. Não me entregar à correnteza, nadar sempre contra a maré, é parte do que faz de mim o que sou hoje.

Claro que tem vez que desanima. E um medo ainda ronda o fundo da minha mente, afinal, a rejeição nunca é fácil de se encarar. Mas tudo bem, é melhor fugir e viver para lutar outra vez, certo?

5 de maio de 2011

Trocando a marcha

O dia hoje já foi melhor, colocando as coisas em perspectiva. Consegui consertar uma biiiig falha no trabalho (não erro com cliente, mais uma mancada com o chefe mesmo), e também fiz um agrado pra minha mãe. Como ela disse que não precisava de nada para o dia das Mães, comprei pra ela um monte de coisinhas que a gente nunca compra, mas que sempre são úteis: um caderno e lápis bacana, uma xícara bonitinha, uma agenda telefônica... e dois DVDs do Roberto Carlos, de que ela é fã. Espero que seja um incentivo para que ela use o aparelho, que eu dei no ano passado de presente e ela usou muito pouco.

Fiquei preocupado com a Camila no meio do dia, quando mandou uma mensagem de que tinha perdido o celular extra da Claro que eu cedi para ela, mas felizmente ela encontrou. Como eu pretendo entregar pra ela o Samsung que ficou sem usar aqui em casa, mas ele está bloqueado, isso iria melar a intenção do nosso encontro no sábado, e aí é toda uma romaria até conseguir remarcar. Felizmente esse encontro e essas correrias no trabalho ajudaram a tirar um pouco minha cabeça da possível rejeição ou desinteresse do meu... er... bom, melhor não definir ainda. Como amanhã é sexta, e propus de ele me encontrar no fim de semana, sem estresse de voltar pra casa antes que os ônibus e metrô parem de circular, espero que haja manifestações e eu não fique no vácuo... Esse negócio de arriscar e pagar pra ver nunca foi comigo, mas cada vez me vejo mais obrigado a isso.

Ah, e amanhã cedo eu também tenho mais uma entrevista. É nisso que dá, agir no impulso. Agora tenho que bancar o cacife e ver o que o destino coloca à minha porta. E que venha o melhor, que aconteça o melhor, e para o Bem comum.

4 de maio de 2011

Mais faroeste caboclo

Aproveitando os últimos minutos do dia para fazer este post, melhor nem parar pra lembrar que eu estou acordado há mais de 20 horas ininterruptas. Mas estou gratificado, após tantos dias mais ou menos, por saber que fiz um bom trabalho, por ter sido reconhecido por jornalistas, executivos e por ter me aproximado do meu cliente. Isso ainda é capaz de me animar, graças a Deus!

Fora isso, voltei a viajar até Brasília, desta vez com um tempinho para tirar fotos dos lugares que eu visitei dois anos atrás. Pensei muito também, sobre muitas coisas. Sobre emprego, sobre paciência, sobre tolerância, sobre amor, sobre a vida. Não cheguei a muitas conclusões, óbvio, mas foi bom poder pensar a respeito.

No fim do dia o meu cliente teve a notícia de que um conhecido dele, editor de uma revista, havia falecido. Cinquenta anos o cara, super novo, foi operar de um problema na coluna, o coração não resistiu... e pronto. Fim. Deixou mulher, um filho de 14 e um outro mais novo. Impossível não traçar paralelos, muitos, muitos paralelos. Vou dormir pensando nisso, e espero levar algo dessa lição para aguentar o tranco... digo, o trampo nesta quinta-feira.

3 de maio de 2011

Suor e lágrimas

Hoje o dia não foi tão ruim quanto o de ontem - e dificilmente um vai ganhar agora, mas ainda assim foi difícil. Começou com a terapia, eu já não estava a fim de ir, e acabei me debulhando em lágrimas no final da sessão. Difícil admitir vulnerabilidade, até mesmo onde se espera que você se mostre vulnerável, viu...

Depois disso, chego no trabalho e meu chefe, ao chegar no escritório, age como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse me mandado nenhum email fora do comum e o erro não tivesse sido meu. Talvez ele tenha lembrado que eu não cheguei na conta há 3 anos, apenas há semanas, e peguei o barco andando. De qualquer forma, essa última derrapada dele não vai ser tão fácil de esquecer.

Eu acabei indo para a entrevista que tinha marcado ontem, mas, como eu esperava, não é nada diferente do meu atual, então pra que mudar, né? Acho que só se arrumar em alguma empresa grande ou ir para redação mesmo. E nem sei se aí valeria a pena. Mas vou ficar aberto às possibilidades, e já tem alguma coisa pintando nesse sentido. Vamos ver...

2 de maio de 2011

Difícil

Olha, fazia tempos que eu não tinha um dia tão CAGADO quanto o de hoje. Já sabia que o meu chefe ia surtar com um erro que ele mesmo cometeu, mas não imaginei que ele fosse perder tanto o controle. Foi besteira em cima de besteira em cima de email mal educado. Foi chegando num ponto que há muito tempo eu não chegava, de mandar meu currículo pra tudo quanto é canto, tamanha a frustração.

E, como das outras vezes, acabei sendo chamado pra uma entrevista amanhã à tarde. O único ponto positivo desta segunda-feira foi isso mesmo, poder confirmar que pelo menos meu histórico ainda é bem visto no mercado, e pude conseguir um retorno rápido. Vamos ver agora o que acontece amanhã. Também tenho terapia, mas não estou nem um pouco com vontade.

Eu retomei o blog agora em maio com tantas expectativas, tante vontade de fazer as coisas se encaixarem finalmente... Mas se o mês tiver muitos dias assim, vai ser bastante difícil.

1 de maio de 2011

Colocando a casa em ordem

Daí que estamos em maio, e mais uma vez me vejo às voltas com o desejo de criar novos hábitos, agitar as coisas, romper os padrões... e ao mesmo tempo alimentando todos as manias e tudo aquilo que eu planejo mudar, como nos velhos tempos. Por que isso, essa insatisfação eterna, e esse medo eterno do novo, têm de andar de mãos dadas?

Tanta coisa aconteceu neste pouco mais de um mês que eu fiquei sem postar aqui... e ao mesmo tempo fico com a impressão de que estou sempre escrevendo o mesmo texto. Neste exato momento, depois de um domingo inteiro sem fazer nada (exceto ler e navegar na Internet) estou verificando minhas finanças, e descubro que todas as minhas prestações acabam em junho. Exceto pelo iPad, que vai até o fim do ano, claro. Não é possível que eu não consiga colocar as coisas em ordem até lá. Gosto tanto de me imaginar mais perseverante e mais capaz do que os outros, eu simplesmente tenho de conseguir! Vou fazer desse meu objetivo primordial neste mês de maio. É hora de colocar a casa em ordem, em mais de um aspecto!