23 de fevereiro de 2011

Seguindo a correnteza

Então o grande evento do mês veio e passou, como é da natureza de todas as coisas. Foi melhor do que eu pensei, embora quase tudo que ocorre na prática é melhor do que eu pensei, pelo menos no longo prazo - ou pelo menos eu acabo percebendo isso mais cedo ou mais tarde. Minha participação na tal da workshop foi reduzida ao mínimo, bem como eu gosto. Nunca fui bom em eventos, nem quando as luzes da ribalta estão voltadas para mim, acho que eu daria um péssimo ator.

Pelo menos consigo disfarçar e fingir interesse no que meus chefes falam, e passar para os clientes uma imagem de "confiável" ou "educado". É impressionante como todos caem nessa. Não estou dizendo que eu não seja confiável e educado, mas nem sempre me sinto assim - algumas vezes é bem o oposto disso, mas consigo permanecer com o semblante impassível. Afinal, para quê ficar latindo na árvore errada? Eu só espero que essa ilusão permaneça por mais alguns dias, e que minhas férias estejam garantidas. Amanhã eu farei as entrevistas para preencher a vaga que está faltando no escritório, mas agora que meu chefe anda prometendo mundos e fundos com projetos mirabolantes, vai ser um esforço extra fazer "cara de conteúdo" quando o que mais quero é estar longe daquele escritório.

Só não sei com que fim eu quero tanto essas férias, visto que
1. não quero voltar a gastar tanto quanto antes de apertar o cinto em fevereiro.
2. a perspectiva de ficar em casa durante todas as férias (curtas) e exposto a esses vizinhos infernais todos os dias, o dia todo, é o contrário de relaxamento e tranquilidade. Aliás, é o exato oposto.
e 3. estou com aquela sensação de que não quero que as coisas andem muito sem mim, sabe? Essa fase de transição de patamar que não ata nem desata tem acabado comigo.

Bom, é isso. A gente fica ansioso por algum acontecimento, algum marco, e quando ele passa, sobra o anticlímax. História da minha vida.

20 de fevereiro de 2011

Como?

Será muito cedo para fazer um balanço de 2011? Talvez seja, mas é importante para mim registrar o que tem acontecido nessas primeira semanas, nem que seja para revisitar tudo depois e ver o quão equivocado ou melodramático eu fui. Me parece que o mundo está um pouco... fora de prumo, de alguma forma. Como se tudo tivesse perdido um pouco do brilho, e nada do que eu faço me traz prazer ou alegria, não da forma como antes. Os dias passam, se repetem, o trabalho se avoluma, as pessoas se afastam, e eu simplesmente não sei o que fazer com isso tudo.

Queimo os neurônios tentando encontrar uma saída desse estado mental de suspensão, mas não consigo chegar a uma conclusão. Sair mais com os amigos? Sair menos? Sair com gente diferente? Me isolar em casa? Tentar não ligar tanto para os vizinhos que me perturbam? Acho que aí posso estar chegando a algum lugar. Acho tão estranho que, embora incomodem muito menos do que faziam quando eu mudei para esta casa, ainda assim só de ouvir a voz deles (o que não é nada difícil) me suba uma raiva escaldante? Gostaria mesmo de ligar menos para essas pessoas, conseguir enfiar na cabeça de que não é só aqui que há esses problemas com vizinhos, que não é só na minha casa que eles incomodam, e etc, etc, etc... Só que é muito fácil na teoria, como tantas outras questões.

Tenho colocado minhas fichas nas próximas férias, em março agora, não só pra relaxar como também para colocar minhas finanças em ordem, mas como fazer? Como? Como?

16 de fevereiro de 2011

4 coisas

4 coisas na minha mochila:
- meu óculos de sol
- minha coisas da natação natação
- um cabo USB pro celular
- desorante (sem cheiro da Dove :-))

4 coisas na minha mesa de trabalho:
- um conjunto de canetas Stabilo
- uma chave Phillips
- um Manual de Redação de O Estado de S. Paulo
- uma caixa de Amanditas

4 coisas favoritas no meu quarto:
- minha estante de livros
- a caminha da minha cachorra Penélope
- a MINHA cama
- minha luminária

4 coisas que estou curtindo no momento:
- meu projeto de não gastar com supérfluos até março
- reler o livro Uma Coisa de Nada, do Mark Haddon
- Glee! que voltou à boa forma após nesta segunda metade de temporada
- uma melancoliazinha que insiste em me rodear

4 músicas que não consigo tirar da cabeça:
- Somebody to Love
- Firework
- Take Me or Leave Me
- Sing
(todas de Glee, porque vício pouco é bobagem)

E obrigado à Camila por ter me indicado pro meme, achei bem legal a ideia. ;-)

15 de fevereiro de 2011

Destrinchando o frango

Sempre me espanto com a abrangência mesquinhez alheia. É impressionante a quantidade de gente com tempo livre para se preocupar com aquele único pontinho branco em meio a um milhão de pontinhos pretos. Queria mesmo descobrir a fórmula mágica para não me deixar abalar com esses espíritos atrasados, mas ainda não cheguei nesse estágio. Então é ir engolindo os sapos e digerindo as mágoas, que acabam passando, e tentar tirar algo de bom do dia. Pelo menos tive a terapia para botar algo para fora, isso é sempre bom. E, pelo que vi no começo desta semana no trabalho, não é só comigo o problema, acontece com todo mundo. OK, pode não ser muito reconfortante, mas ajuda a relativizar as coisas. E também é sempre a mesma problemática pessoa, então você sabe que é uma mal-amada. É a única explicação possível, preconceito ou não. Mas amanhã destrincharei esse frango.

Outra coisa que percebi é que este é o post de número 350 do blog. Normalmente eu tentaria fazer disso algum marco, como tenho mania de fazer com números redondos, por algum motivo ou outro. Mas melhor não, venho tentando romper com padrões de comportamento, e pode muito bem ser esse de achar que cada virada de mês ou número decimal que me aparece na vida pode ser revestido de significado. Afinal, o significado deve fazer o dia e não o contrário... ou não?

12 de fevereiro de 2011

O lado negro da força

Eita semaninha difícil. Eu sabia que fevereiro ia ser meio complicado por conta do último desafio autoimposto do último post, mas mesmo assim, tem sido espinhoso. Mas consegui passar a semana economizando, apenas pagando as contas que já tinham sido feitas, principalmente a terapia e o transporte do mês. Quase dei uma derrapada na quinta-feira, mas o destino, o universo ou tudo isso junto deram uma forcinha pra eu me manter na linha.

É que a semana também foi tensa no trabalho, com um monte de pendengas chatas, e os ainda mais chatos de plantão se manifestando com toda a força. Fiquei com receio de ter dado dois ou três passos em falso, mas é difícil controlar cada frasezinha que eu digo, calcular cada movimento é exaustivo. Gostaria muito de ser uma pessoa que não se envolve, que consegue se manter à parte, discreta e não emitir opinião. Mas durante muita parte da minha adolescência (pra não dizer toda ela) me fiz de invisível, agora é que eu não quero apenas passar despercebido. Quero fazer diferença e gosto de deixar claro quando algo me desagrada. Enfim, todo esse desvio foi pra dizer que me falaram algumas coisas que eu não gostei no trabalho, e eu respondi fazendo o que faço melhor, que é causar a discórdia.

O que eu posso fazer? Colocando a modéstia de lado, e aproveitando que isso aqui é um blog estritamente pessoal, posso afirmar que sempre fui bom em liderar e transmitir meu estado de espírito pra um ambiente no qual eu convivo. Então, sei que sou capaz de colocar as pessoas pra trabalhar em equipe, pra elogiar, pra falar o que elas querem ouvir. Mas também sou ótimo para eleger uma vítima social e praticar o ostracismo. Aprendi essa lição bem cedo, que a pior coisa que se pode fazer para alguém é o isolamento, a indiferença. Não é meu traço mais positivo, nem de longe, mas ele está aqui. Eu posso lutar contra ele, e é o que geralmente faço, mas tem horas em que todo mundo precisa de um drama, e é daí que eu tiro o meu.

Sei que esse texto ficou meio ambíguo e nebuloso pra quem não acompanha minha vida, mas são pouquíssimas as pessoas que devem passar por aqui hoje em dia, e talvez eu trabalhe nele pra deixar as coisas mais às claras. Vamos ver o que acontecerá nos próximos dias. Não gosto de me sentir assim, e geralmente uma semana é o máximo pra permanecer nesse humor sombrio. Espero que a segunda-feira coopere com essa previsão.

5 de fevereiro de 2011

Projeto Fevereiro

Me propus um projeto /desafio agora em fevereiro: colocar meus gastos em ordem. Uma coisa radical: levar marmita o maior número de dias possível, e resistir o quanto puder a passar o cartão de crédito. Pode parecer banal, mas o fato é que ao longo do tempo fiquei dependente demais dessa recompensa imediata que comprar alguma coisa traz. Como se fosse a solução para uma resposta invertida no trabalho ou a esnobada de um cara bonito na rua ou na academia. Uma que isso não estava tendo a mesma eficácia do que antes, e outra que estou farto de ter um treco cada vez que tenho de fazer malabarismos com as faturas dos cartões.

Não é possível eu ficar me perguntando todo mês como é que eu sou o que melhor ganha na minha família, e não consiga guardar nada. Então, por isso o desafio. Apertar o cinto, pisar no freio, e reavaliar minha relação com o dinheiro e os meus gastos. Não foi muito fácil nesses primeiros dias do mês, e pensar que ainda faltam 4 semanas até o próximo pagamento chega a desanimar, mas nada de esmorecer.

Acho que a situação no trabalho, com tantos eventos pra acontecer este mês, vai ajudar um pouco a focar nisso, ou pelo menos é o que espero. Daí posso até cogitar uma viagenzinha nas férias. Sonhar não custa nada - ainda!

4 de fevereiro de 2011

Nesse meio tempo...

Ideias e acontecimentos para posts foram vários durante o mês de janeiro, mas, por algum motivo que eu não consigo definir, foi difícil vir para cá escrever. Hoje mesmo, estou começando por não conseguir escrever e vendo no que dá a partir daí.

O trabalho tem sido bastante atribulado, consumido todas as minhas energias. Às vezes tenho a sensação de que estou sempre esperando que no próximo mês as coisas fiquem mais tranquilas... e elas nunca ficam! Pelo menos as perspectivas são boas: mudança para um escritório melhor, entrada de novos clientes, contratação de uma espécie de assistente. Mencionou-se até aumento de salário, mas nem vou contar muito com isso pra não miar. Tive alguns entreveros com o filho do sócio, mas isso são ossos do ofício. Conflitos e rusgas acontecem de tempos em tempos, o diferencial desta vez foi que consegui impor minha opinião, apresar da crítica. Claro, isso fez com que eu saísse 17h30 do escritório pra espairecer no Ibirapuera, o que foi bom, já que deu pra curtir um fim de tarde lindo, ler bastante, ver gente bonita... Quero ser se repito a façanha esta semana, de repente.

Depois disso, já nesta semana, eu fiz algumas entrevistas, e entreguei para o meu chefe o meu "plano de ataque", como eu acho que as coisas devem ser divididas este ano. Ele não pareceu gostar muito, mas ele nunca gosta de ideias que não surjam dele, apenas quando ele acha que pensou naquilo primeiro. Infelizmente, o cara que eu tinha escolhido para entrar aqui já tinha arrumado outro emprego, então vou ter de esperar um pouco pra me livrar desses empecilhos. Pelo menos consegui marcar minhas férias para logo depois do Carnaval...