17 de dezembro de 2009

A Explicação Opcional ou O Começo

Não posso dizer que estava no fundo do poço quando comecei este blog. Apesar da morte do meu pai, da mudança para um lugar de que eu não gostava, da perda do meu trabalho, das dívidas acumuladas, de um novo custo de vida, de ter que abrir mão do convívio constante com os amigos, de ter me afastado de uma amiga querida em particular, nunca achei que era o fim da linha realmente. Não sei escolher um pecado capital que eu cometa mais (acabo cometendo todos eles vez por outra), mas pude identificar uma virtude cardeal que me norteia: a Esperança. Mesmo nos momentos mais sombrios, sempre tive a convicção, ainda que tímida, de que dias melhores virão, de que o sol sempre volta a brilhar, e que sempre há oportunidade de recomeçar.

Prova disso é que estou aqui, dois anos e meio depois, tendo cruzado longas e tortuosas trilhas, mas ainda ansioso por trilhar outras tantas mais. Talvez ainda não tenha chegado ao patamar de autoestima que eu queria, mas no que se refere a autoconhecimento, deixando a humildade de lado, consegui bem mais do que eu esperava. Não posso deixar de registrar que a última lição, apreendida no início deste mês, também vai ajudar nessa próxima etapa da jornada. Quanto menos falar da sacanagem em si, e do seu catalisador, melhor, mas o que importa é: teve sua valia. Quando contei tudo para uma pessoa, ela me devolveu uma pergunta: "Mas esse tipo de coisa não é normal hoje em dia?", e eu não tive outra resposta para dar: "Sim, é normal. Comum, até." E isso me levou a outros questionamentos. Quero esse tipo de coisa para mim? "Não." Preciso desse tipo de coisa? "Não." Posso optar por não querer passar por isso de novo, não dessa maneira? "Sim!". E isso me trouxe uma paz de espírito como há muito não sentia. E uma segurança, uma confiança, por que não dizê-lo, de que o leme da minha vida está comigo, e eu posso levá-la para qualquer direção que eu quiser.

Por isso este capítulo, este blog, se encerra aqui. Os momentos que dividi aqui, para o bem ou para o mal, foram relatados de coração aberto, e sei que muitos outros momentos assim ainda estão por vir - o show não pode parar! Talvez daqui a três dias ou daqui a seis meses posso decidir retomá-lo. Ou não, hehehe... Mas não estou preocupado com isso agora. Não importa as surpresas que o futuro reserve, tenho plena certeza de que o que acontecer será para o melhor (vejam a Esperança despontando novamente). Mas não posso deixar de dedicar este texto a algumas pessoas que me testaram e me ajudaram, choraram e gargalharam comigo ao longo dessa fase.

À Cíntia, que me mostrou que cumplicidade de irmão não depende de laços sanguíneos. E por ter me ensinado que as dificuldades, não importa o quão quixotescas, podem ser enfrentadas e superadas.

À Camila, que me mostrou que é sempre possível recomeçar da prancheta de desenhos, e construir algo melhor a cada vez que se faz uma nova tentativa. E que o processo nunca termina, e por isso mesmo é a jornada, antes do resultado, que faz tudo valer a pena.

Ao Fábio, que me ensinou a enxergar o outro lado das questões, a valorizar as convicções que adquirimos sem deixar de lado a capacidade de adaptação. A dobrar com o vento, e não deixá-lo me quebrar.

Ao Daniel, que me ensinou que não dá pra gente se esconder das emoções indefinidamente, e que os momentos muito brilhantes e os momentos mais densos têm de ser vividos plenamente.

E até mesmo ao Fabiano, que, embora inadvertidamente e não da maneira que imagina, me forçou a encarar meus reais anseios e a agir para concretizá-los.

Claro que tem muito mais gente que merecia uma menção, mas foram tantas lições e exemplos, e distrações, e diversões que fica inviável colocar aqui. Mas aos que leram esta página, aos blogs que visito e comento, aos colegas de trabalho, aos familiares, apenas posso dizer: Muito obrigado!. E até a próxima.

4 de dezembro de 2009

Depois de (mais uma) semana estressante, em que eu estive particularmente na mira do meu chefe, hoje foi dia de cuidados médicos. Nada fora do comum, passei no dentista pra cuidar de uma restauração que caiu, e nisso foi a manhã inteira. Sala de espera de dentista é aquela coisa constrangedora: toda vez que a broca está funcionando parece que um arrepio coletivo percorre o ambiente. Agora à tarde foi o retorno na dermato, após dois meses do peeling. Agora o sufoco todo é apenas uma lembrança, e de acordo com ela a pele está bem melhor. Claro, se ela falasse que está pior é que eu me surpreenderia. Mas está bem melhor mesmo, preciso aceitar isso, rs... Agora é continuar cuidando, no more ácido retinóico, e lá pra março ou abril pra ver o resultado final. E também planejar e colocar em prática as outras etapas do meu projeto de funilaria, sem deixar em lado a parte mens sana da coisa.

2 de dezembro de 2009

Fui assistir no domingo, em um momento de quase desespero para expulsar alguns demônios interiores. Até que gostei do filme, mas foi praticamente tão bom quanto ver a fila para a sessão, o Espaço Unibanco lotado e todo mundo só na esperando pra ver esse, os tipos diferentes que estavam por lá... As cenas dos dois lindos atores se pegando também são bastante excitantes. Talvez a história tenha deixado um pouco a desejar, mas até que provoca algumas divagações, sim. Acho que vou esperar a parte 2 pra ver o que acontece a seguir, hahahaha.