24 de outubro de 2010

Aonde você vai, é lá que você está

O título deste post é também o título de um livro Jon Kabat-Zinn. Coloquei ele porque ia começar este post comentando "Mais uma semana de correria". Mas aí, parei pra pensar que, nos últimos tempos, toda semana tem sido uma correria. Talvez desde julho, quando voltei de férias. E tenho dado conta, apesar de ansiar sempre por um período mais tranquilo - que não chega nunca, e talvez nunca chegará. Mesmo porque, é meio chato quando tudo está bem, e isso acaba alimentando minha paranoia: será que está bem mesmo?

Enfim, nos últimos dias e semanas, tenho lutado pra enfrentar melhor essas grandes questões como Culpa, Crítica, Autoestima, Sucesso, Fracasso, Desenvolvimento... Na maior parte do tempo sinto como se estivesse nadando na lama, mas é inegável que eu tenho avançado um pouco nessa jornada. Eu acho que a chave está bem próxima da minha compreensão, e enquanto isso, tenho curtido as pequenas coisas que me fazem bem nesta vida.

Após uma breve saída no domingo, o resto da semana foi de trabalho intenso. Cada vez mais estou confortável no meu papel na empresa, apesar de alguns dissabores, mas isso é inevitável no mercado de trabalho, para qualquer um. Uma coisa eu devo reconhecer: meus dissabores são menores dos que o dos outros, e uma outra constatação, que nunca tinha me ocorrido, se mostrou clara. Talvez meus dissabores sejam menores porque eu sou competente no que faço. E fiz por merecer ter esse "privilégio". Não gosto de usar aspas, mas aqui é para mostrar que realmente nunca pensei nisso como um privilégio, apenas sofria por antecipação a próxima pedrada que viria. Tenho medo de baixar a guarda e sofrer com isso, e não é só no profissional.

Só acho que podia ser um pouquinho diferente do mesmo foco no profissional de sempre. Já falei que sou um terno insatisfeito?

16 de outubro de 2010

Workaholic

É sempre difícil a missão de condensar muitos dias em um post sem deixar um texto enorme que nem eu mesmo quero ler depois, mas preciso tentar, não é? Essa primeira quinzena de outubro foi de trabalho ainda mais intenso do que setembro, mas felizmente as coisas estão entrando nos eixos. Ainda assim tive de trazer trabalho pra fazer em casa no feriado, para manter meus prazos nos trilhos. Alguns momentos de insegurança continuam a aparecer, mas tenho aprendido a relevar muitas coisas que antes me deixavam abalado. Críticas, por exemplo. Ainda não consigo aceitar que as pessoas se utilizem dessa desculpa de crítica para dar vazão ao seu veneno, mas tenho visto isso acontecer com várias pessoas, perdi um pouco da eterna mania de perseguição - a ponto de considerar que talvez ela não seja exatamente eterna.

Mesmo com o trabalho extra, deu pra aproveitar bem o feriado. Foi aniversário do Fábio, nos reunimos na casa dele e aproveitei para dar uma lembrancinha de presente. Antes nossa turma se dava presentes, mas isso acabou virando uma regra e, como toda obrigação, perdeu a graça logo. Prefiro hoje em dia só dar uma coisa quando bate mesmo a vontade, e algo que eu sei que a pessoa quer, mas que não compraria normalmente. Enfim. Na segunda saí com a minha mãe e depois fui ao Athenas com os amigos, lugar a que eu não ia desde o Natal passado. A comida e bebida continuam boas, e a frequencia também, muitas caras interessantes. O coração continua em estao de animação suspensa, mas a esperança, aquela velha conhecida, sempre está lá no fundo, pronta pra fazer uma participação especial quando é menos... bem, esperada. Só me dá uma tristeza de me ver prestes a completar 30 anos e ainda estar sozinho... sempre sozinho...