27 de julho de 2008

Fim de Semana em Família

Tudo bem que existe o ditado "Parente é serpente", e tenho algumas reclamações e traumas antigos com toda a família (isso do lado da minha mãe, porque do lado do meu pai nem isso), mas é bom quando você pode pensar que sente saudades de alguém que não seja da sua família imediata.

Este mês minhas primas e minha tia vieram de Florianópolis passar uma temporada aqui. Na verdade o meu tio já estava trabalhando aqui em São Paulo nos últimos meses, e acho que eles aproveitaram pra decidir voltar, no final do ano, de vez para cá. Não deve ter sido uma decisão fácil, sempre fica aquela sensação de "um pra frente e dois pra trás", sabe? Com a gente pra voltar pra esta casa em que moramos foi assim, e olha que a situação era uma coisa sem muita alternativa, sabe? Até hoje tenho aqui comigo que uma das coisas que consumiu meu pai no final foi terem pedido para devolvermos a casa em que estávamos morando, depois de 17 anos...

Mas quero falar sobre coisas alegres. Essas minhas duas primas, Andrea e Awdrey, foram criadas muito próximas da gente, e sempre deixam saudades. São as únicas que eu olho e fico admirado de "já ter pegado no colo" e hoje estarem se formando no colegial e na oitava série! Até minha cachorrinha, fica toda assanhada, e isso que não as via há mais de um ano e meio. Enfim, foi muito bom matar saudades, e vai ser muito bom tê-las de volta um pouquinho mais perto.

Essas últimas notícias boas têm me dado um ânimo e alegria de começar o dia que eu não sentia nos últimos anos. Então, que venha a semana!

16 de julho de 2008

São Coisas Que Acontecem... De Vez em Quando

Hora de falar de algumas coisas boas que aconteceram na última semana. Parece que não, mas às vezes elas surgem, e eu esqueço de registrá-las.

- Fui promovido aqui na empresa. Com direito a reajuste, êeeeee! Por enquanto a responsabilidade não aumenta, e tenho aqui comigo que foi uma adequação ao meu valor de mercado, em vista das pessoas que eles contrataram na última semana. Ainda assim, a uma semana de completar 6 meses, não precisar pedir para rever o salário, é motivo pra comemoração.

- Também é motivo de comemoração: passei dos 60kg! Nem acreditei quando enfrentei a balança, em pleno feriado. Não só eu recuperei os quilos perdidos quando eu mudei pra ZL, como estou no lucro! Não esqueci da minha resolução de fim de ano. Agora é chegar aos 65 até o final do mês.

- A Madonna vem! Parece que desta vez é líquido e certo. Nem acredito, é o sonho de todo gay que se preze no Brasil poder ver a diva-master num show, e este ano vai rolar. Nem me importa que o último álbum não seja lá essas coisas, é uma chance que não dá pra perder. Preciso já ir fazendo meu pé de meia, porque vai ser salgada a entrada.

- Reencontrei uma amiga depois de mais de um ano sem nos falarmos, a Camila. Como ela passa por aqui com certa frequência, não vou entrar em muitos detalhes, risos... Mas estou feliz. Algumas das besteiras que a gente faz tem volta!

- Aproveitando o momento "volta dos que não foram", uma colega aqui do escritório, com quem eu tenho aprendido muito, disse que ia sair, mas os chefes parece que fizeram uma contra-proposta, e ela vai ficar. Que bom, a equipe finalmente está purgada de seus maus elementos, e agora um dos motivos que torna a vinda pro trabalho suportável é a presença de pessoas com quem eu tenho algo a absorver. Ou que eu não queira espancar logo nos 15 primeiros minutos, diriam alguns.

Tudo isso num mês que eu não considero exatamente dos melhores, e mesmo depois da bolada nas costas que eu recebi nesta última semana. Ainda não desenvolvi o dom de viver e deixar viver. Estou trabalhando nisso.

15 de julho de 2008

Uma Esbarrada na Noite

Suspresa, o jeito da vida dizer "De vez em quando eu valho a pena"...

Eu não sabia muito como escrever o que eu vou escrever a seguir, e realmente estou indo mais pelo instinto aqui, mas prometi ser honesto aqui neste blog, então... Segura, Berenice!

Semana passada marquei um encontro às escuras. Quer dizer, mais ou menos às escuras, visto que eu já falava com o carinha há mais de um mês pelo MSN. Marcamos, só para variar um pouquinho, na Paulista. Sabe como é, eu já conhecia o lugar, era véspera de feriado, a região é mais gay friendly possível... Deu certo, saí até mais cedo do trabalho pra não deixá-lo esperando demais... Tudo lindo.

Ficamos um pouquinho num barzinho, tomei dois drinques pra relaxar, e depois fomos dar uma volta. Sentamos pra conversar num lugar super-bacana, o efeito da bebida já tinha diminuído, e.... bem, a coisa meio que clicou. Clicou a vontade de beijar, clicou a química de pele... Nós ficamos um bom tempo juntos, e, pelo meu ponto de vista, foi muito bom. Como eu falei pra ele, a noite excedeu minhas expectativas mais loucas, e olha que em matéria de criar expectativas irreais, eu sou mestre. E realmente, não senti nenhuma restrição da parte dele. Tanto que perguntei se poderia procurá-lo novamente na sexta-feira, ou no sábado, e ele disse que sim.

Já deu pra perceber onde isso vai dar? Claro que liguei na sexta, e liguei, e liguei, e liguei... E nada. Liguei no sábado. Adicionei no msn o nick oficial, deixei recado na caixa postal, e nada. Na segunda-feira mandei um sms, perguntando se tinha entendido alguma coisa errado ou se tinha acontecido alguma coisa, e nem assim a pessoa respondeu.

Pergunta: Então porque mentiu? Sim, porque não foi porque perdeu o celular. Não dá pra mandar um email? Falar "olha, não sei se ficou claro, mas eu só queria uma noite de diversão, agora não dá pra embarcar em nenhuma história mais extensa do que isso"? O que é pior? Covardia ou desrespeito?

Isso tudo é minha tendência de ver o copo meio vazio. Olhando por outro ponto de vista, aquele tal do copo meio cheio, foi uma noite ultra-positiva, em que, apesar da minha auto-estima precária, rolou uma química, realizei uma fantasia, sepultei alguns fantasmas e neuras. Também mantive minha convicção de quando se gosta de alguma coisa, tem-se que ir atrás, e eu fui. Disso não posso reclamar.

Não sei a que conclusão chegar. Parece que minhas contradições internas estão exacerbadas. Em alguns momentos quero desencanar, virar a página, pensar nas outras coisas boas que aconteceram nos últimos dias. Em outros, dá aquela tristeza de ter alimentado a esperança de poder rolar alguma coisa legal, de achar que tinha encontrado alguma pessoa que correspondesse essa vontade. Nos próximos dias essa mágoa deve diminuir, até virar uma lembrança distante, uma nota de rodapé. Não resta muito mais o que se fazer.

... Frustação: o jeito da vida dizer "Mais sorte da próxima vez."

2 de julho de 2008

Os Dois Novos Telefones

Eu juro, juro, juro que tento não reclamar muito aqui no blog, mas é praticamente impossível. Aqui na empresa, a gente realmente mata um leão por dia, mas às vezes no mesmo dia aparecem leão, cobra, zebra, girafa, urubu... Enfim, é difícil. Se não fosse todo santo dia uma dor de cabeça me atingir, daria para encarar melhor. Fica meio complicado manter uma atitude positiva com um bate-estacas martelando o seu cérebro.

Vamos ver, pontos altos, pontos altos... Nossa, como anda difícil achar pontos altos! Comprei um novo celular, isso conta? Depois de ter vendido o meu antigo para financiar a tatoo (preciso falar disso, estou programando para outro post), investi nesse novo brinquedo. E agora podemos dizer lá em casa que temos uma câmera digital decente. Chega de dizer que não tiramos foto por causa dos modelos, que não tem como melhorar, hehehe

Ah, sim, tem uma coisa boa e engraçada que aconteceu por aqui. Na semana passada, o povo decidiu fazer uma festa junina (Não pergunte!). No final da reunião, quando a coisa já tinha murchado um pouco, resolveram sortear alguns brindes da Hello Kitty, que tinham sobrado depois de uma divulgação. Algumas bonecas de pano, e um telefone fixo da gata, real mesmo, super fofo. Na quarta e última boneca, depois de encher adivinhar quantas pipocas tinha em um saco, sugeri uma brincadeira de "quente ou frio". Efeitos do vinho quente. Ou eu gosto de festas, beeem lá no fundo, vai saber.

Minha chefe, que não estava participando dos sorteios, escondeu a boneca, e, no final, quando estávamos todos "quentes", o outro sócio do escritório puxou uma das persianas, mas ela estava fazendo volume apenas porque estava aberta. Eu puxei a do lado, e lá estava a gata, mas... O que fazer com uma boneca? Segui meu chefe até a mesa dele, e dei a ele a boneca, para ele oferecer à sua neta. Ele gostou, disse que ela iria adorar, e ficou por isso mesmo. Em seguida, veio o sorteio do tão cobiçado telefone. Papeizinhos com os nomes de todos, e justo meu chefe vai sortear, e tira meu nome! E olha que eu nunca ganhei uma rifa, hein?! Conclusão: a generosidade, em alguns casos, pode mesmo compensar. Resultado: fiz minha boa ação do ano, e ganhei the gayest telephone EVAH!!!