15 de julho de 2008

Uma Esbarrada na Noite

Suspresa, o jeito da vida dizer "De vez em quando eu valho a pena"...

Eu não sabia muito como escrever o que eu vou escrever a seguir, e realmente estou indo mais pelo instinto aqui, mas prometi ser honesto aqui neste blog, então... Segura, Berenice!

Semana passada marquei um encontro às escuras. Quer dizer, mais ou menos às escuras, visto que eu já falava com o carinha há mais de um mês pelo MSN. Marcamos, só para variar um pouquinho, na Paulista. Sabe como é, eu já conhecia o lugar, era véspera de feriado, a região é mais gay friendly possível... Deu certo, saí até mais cedo do trabalho pra não deixá-lo esperando demais... Tudo lindo.

Ficamos um pouquinho num barzinho, tomei dois drinques pra relaxar, e depois fomos dar uma volta. Sentamos pra conversar num lugar super-bacana, o efeito da bebida já tinha diminuído, e.... bem, a coisa meio que clicou. Clicou a vontade de beijar, clicou a química de pele... Nós ficamos um bom tempo juntos, e, pelo meu ponto de vista, foi muito bom. Como eu falei pra ele, a noite excedeu minhas expectativas mais loucas, e olha que em matéria de criar expectativas irreais, eu sou mestre. E realmente, não senti nenhuma restrição da parte dele. Tanto que perguntei se poderia procurá-lo novamente na sexta-feira, ou no sábado, e ele disse que sim.

Já deu pra perceber onde isso vai dar? Claro que liguei na sexta, e liguei, e liguei, e liguei... E nada. Liguei no sábado. Adicionei no msn o nick oficial, deixei recado na caixa postal, e nada. Na segunda-feira mandei um sms, perguntando se tinha entendido alguma coisa errado ou se tinha acontecido alguma coisa, e nem assim a pessoa respondeu.

Pergunta: Então porque mentiu? Sim, porque não foi porque perdeu o celular. Não dá pra mandar um email? Falar "olha, não sei se ficou claro, mas eu só queria uma noite de diversão, agora não dá pra embarcar em nenhuma história mais extensa do que isso"? O que é pior? Covardia ou desrespeito?

Isso tudo é minha tendência de ver o copo meio vazio. Olhando por outro ponto de vista, aquele tal do copo meio cheio, foi uma noite ultra-positiva, em que, apesar da minha auto-estima precária, rolou uma química, realizei uma fantasia, sepultei alguns fantasmas e neuras. Também mantive minha convicção de quando se gosta de alguma coisa, tem-se que ir atrás, e eu fui. Disso não posso reclamar.

Não sei a que conclusão chegar. Parece que minhas contradições internas estão exacerbadas. Em alguns momentos quero desencanar, virar a página, pensar nas outras coisas boas que aconteceram nos últimos dias. Em outros, dá aquela tristeza de ter alimentado a esperança de poder rolar alguma coisa legal, de achar que tinha encontrado alguma pessoa que correspondesse essa vontade. Nos próximos dias essa mágoa deve diminuir, até virar uma lembrança distante, uma nota de rodapé. Não resta muito mais o que se fazer.

... Frustação: o jeito da vida dizer "Mais sorte da próxima vez."

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