20 de novembro de 2010

Quando 120% não é o bastante

O restante da semana foi impossível, por conta de um cliente surtado. Sabe quando você tenta ao máximo, dá 120%, mas nem assim consegue fazer as coisas melhorarem? Pois é, foi esse o caso. É duro lidar com essa sensação de fracasso, e até estou lendo um livro a respeito, mas o que pega mesmo para mim, admito, é o horror de que outras pessoas também olhem para mim e vejam que falhei. Por que esse horror, eu não sei dizer. É como uma carapaça que criei para me proteger do mundo lá fora, essa noção de que eu preciso ser sempre bem-sucedido e competente. E qualquer rachadura nessa armadura criada é um problema sério. Claro que isso já aconteceu em empregos anteriores, e até mesmo na faculdade e no colégio. Mas como eu andei nesse processo de entendimento e autoconhecimento nos últimos meses, as velhas respostas já não bastam mais. Ainda não encontrei as novas, daí essa fonte de angústia.

(Embora teria sido tão mais fácil poder jogar a culpa toda no fdp desse cliente e prosseguir com a minha vidinha. Como as pessoas conseguem?)

15 de novembro de 2010

Estrada de mil léguas...

O restante do feriado foi dedicado à família. Uma ocasião até então inusitada, visto que sempre tenho a mania (como muitas pessoas, aliás) de tomar a família e a vida doméstica como garantida. O que é um erro,  afinal todas as nossas áreas de vida são ligadas, não dá pra compartimentalizar as coisas, como se elas não tivessem ligação. Aproveitamos para adiantar as compras de fim de ano, já que os planos para 2011 incluem investimentos em coisas grandes, como um carro, por exemplo. Embora isso ainda requeira bastante ponderação, e antes disso ainda tenho que resolver minhas pendências com o Detran. Resquícios da dura lição que tive de aprender alguns anos atrás de que dinheiro e amizade não se misturam.

Felizmente, tudo em dia, acho. Uma certa melancolia sempre perdura no meu caso, sem dúvida, mas é muito boa a sensação de estar... er, no controle, por falta de expressão melhor. De que deu pra cobrir as bases mais frágeis da minha vida e agora é permanecer no rumo e trilhar os próximos degraus na minha vida.

13 de novembro de 2010

Novos embalos de sábado

Final de sábado e pra variar, estou bastante contente. Cheguei agora de uma bela noitada com a Camila (sim, minhas noites ideais hoje em dia terminam por volta das 22hs, deal!) e foram muitas risadas e colocamos todas as fofocas em dia. Muito bom poder proporcionar algumas experiências novas a uma amiga tão querida também. O dia não foi de ser jogar fora também: diversão em família é algo tão raro aqui, ainda, que vale a pena registrar. OK, muito disso é induzido pela novidade do Wii, mas se no final acabar sendo uma ferramenta de aproximação, por que não?

A sexta-feira também foi boa, apesar dos estresses normais do trabalho. Só sei que tive uma reunião que acabou quase às 17hs, e daria tempo de voltar pro escritório e fazer ainda algumas coisas, mas eu pensei... Com quem propósito? Afinal, meu chefe mesmo já tinha desertado pra passar o feriado na Bahia, e sinceramente, já tive desgaste demais na semana, consegui dar conta de moooita coisa, podia me dar essas horinhas de folga.

Só pra registrar, já que estamos falando em folga, o que dá nas pessoas no metrô, ônibus, ou até mesmo em calçadas, que acham que estão desfilando no quintal ou na sala de casa? Nessa volta para casa de ontem, mesmo, teve uma cidadã que ficou achando ruim COMIGO do empurra-empurra do metrô. Enfim, estresses como esse são o que me fazem pensar em comprar um carro, embora eu sempre precise me lembrar, pela experiência anterior dirigindo, que é só trocar um tipo de problema pelo outro. Pelo menos no transporte coletivo é possível me refugiar num livro/revista/playlist.

9 de novembro de 2010

Jogando e aprendendo a jogar

Dias de muito trabalho, e até que alguma diversão. Após a passagem do evento e das eleições, realmente as coisas entraram nos eixos. A única vez que eu fiquei meio que triste foi quando o menino que eu tive que mandar embora ligou. Deu problema de novo com o depósito do salário dele e foi cair só na segunda-feira, ninguém merece. Sinto-me culpado, como se não tivesse cuidado de instruí-lo direito para ser um assessor, sabe? Uma pena. Mas o nosso chefe foi bastante generoso com ele, e só me resta torcer para que ele tome essa passagem como lição e tenha uma postura melhor no próximo emprego.

Em notas mais alegres: comprei o jogo que eu sonhei para o Wii, o Just Dance 2. Eu tenho gostado muito desse vídeo-game porque realmente é uma coisa que integra mais a família, e é hilário a gente tentar acertar a coreografia de várias músicas. Só pra constar: detonei com Crazy in Love, da Beyoncé! Agora é aguardar o feriado para o primeiro torneio de verdade!!!

7 de novembro de 2010

Reavaliação

Um efeito colateral que percebo conforme avanço nas diversas áreas da vida é a minha irritação com meus defeitos. Não que eu ache que tenha de ser perfeito (tá bom, no fundo eu acho isso mesm), mas é espantoso como tem sido mais fácil identificar minhas assim chamadas falhas. Não que eu pense que TENHO de agir a respeito delas. É mais o caso de aceitar que elas existem, que todos as tem, e de que a única coisa que eu posso fazer é agir melhor da próxima vez. Eu sempre fui aquela pessoa que não só chorava o leite derramado, eu me martirizava por ter derramado o leite ou até mesmo (absurdo dos absurdos!) achava que deveria ter feito algo para evitar que o leite fosse derramado. Toda uma neurose superdesenvolvida.

Enfim, esse post é pra dizer que o fim de semana foi tranquilo, após eu tomar a decisão de não trazer trabalho para casa. Cansei, nunca dá certo, e ainda me deixa pior para enfrentar a semana. Melhor resolver tudo no horário de trabalho mesmo, ainda mais agora que não terei mais eventos para me encherem a paciência. Já tá na hora de planejar o fim de ano, e passar às realizações que me esperam em 2011. Antes disso, apenas desenvolver um pouquinho mais o controle financeiro, que sempre andou precário nos últimos anos. E cultivar a serenidade!

5 de novembro de 2010

Fazendo Água

Semana condensada em três dias após um feriado é assim mesmo: pouco tempo disponível, muita correria e estresse. Eu espero mais descanso neste fim de semana comum do que nos quatro dias de folga do início do mês. Após uma breve ressaca moral por ter tido de fazer o trabalho sujo de mandar o estagiário embora, foi tempo de reorganizar as coisas e tentar botar um pouco de ordem no recinto, inclusive com meu relacionamento com a outra estagiária. Claro que nesse meio tempo mil e uma encanações me passaram pela cabeça, mas ultimamente eu penso que tudo que acontece, acontece para o melhor. Pelo menos essa confusão toda aconteceu antes e com um cliente que não era diretamente minha responsabilidade. Espero que sirva de lição para o próprio cara, para a próxima fase, embora duvide muito disso.

Em assuntos mais alegres, retomei nesta sexta-feira um antigo sonho, e voltei a nadar. Enfrentar os medos e receios todos de voltar para a academia não foi fácil, mas deu pra sair praticamente ileso. Essas questões de autoimagem vão sempre me assombrar, mas isso não é motivo para deixar de fazer algo que eu queria há 15 anos. Agora é que vem a parte difícil: perseverar, não desistir, e colher as pequenas vitórias enquanto entro em forma. Ou pelo menos recupero o fôlego, o que vier antes!

3 de novembro de 2010

Rainha de Copas

Bem dizia John Lennon, na frase que eu citei no Meme de setembro, que a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos outros planos. Eu realmente pensava que meus perrengues acabariam em novembro, mas as coisas só ficaram mais sérias em relação a outubro. Já no primeiro dia útil do mês, tive de demitir um estagiário do escritório, que acabou ficando lá apenas por dois meses. Por mais que eu queira pensar que foi apenas questão de inexperiência, fato é que não deu pra segurar ele depois de, por vacilo, ele ter agido de má fé no evento da semana passada. Não é preciso entrar em detalhes, mas cada vez mais me espanta a falta de bom senso e incapacidade de avaliar as consequências que as pessoas teimam em manter. A ele, essa irresponsabilidade custou um emprego. Espero que sirva de lição para outros empregos, pelo menos, e na vida. Não dá pra levar tudo na brincadeira, há um momento para tudo.No meio disso tudo, tive de mandá-lo embora, o que, apesar de ter sido um momento tenso e bastante desconfortável, fique a experiência no currículo.

1 de novembro de 2010

Nada de novo no front

As eleições vieram, o evento que me assombrava veio, tudo isso passou, o mês virou... E o que muda de fato? No cotidiano, muito pouco. As maiores mudanças acabam sendo no interior mesmo. Passei tanto tempo dos últimos meses tentando fazer parte de turmas maiores, tentando agradar as pessoas, tentando cumprir com meu papel no trabalho... e hoje parece que é o inverso. Simplesmente não importa mais. Acho que tá na hora de fazer o que eu quero, o que me dá prazer. Ainda não descobri exatamente o que é, mas não ando com ânimo e disposição de ficar me submetendo aos outros como fazia até então. Não sei se isso só tem se aplicado às amizades, ou ao trabalho também, mas é uma sensação nova, que eu quero explorar. Em casa, apesar de alguns problemas do cotidiano que continuam aparecendo, parece que tudo está bem. Pelo menos em termos de convivência, o que por si só já é novidade. Espero que continue assim, pelo menos algum porto seguro é preciso, certo?