15 de maio de 2008

A Auto-Avaliação

Yay! 50º post! Nem acredito, finalmente consegui manter um blog por todo este tempo. Esses dias mesmo estava conversando sobre como é difícil manter um site de conteúdo nesses dias de overdose de informação, principalmente quando esse conteúdo é a sua própria vida. E convenhamos, a ficção sempre foi mais interessante do que a vida real. Duvida? Tenho aqui comigo que mesmo quando a gente transfere um acontecimento real pra este meio "escrito", algo se perde na tradução. Ou se é acrescentado. De qualquer maneira, alguma coisa sempre muda, e nos resta torcer que seja para o melhor.

Mas divago. E esse post é mesmo sobre divagar, coisa que tenho feito ultimamente. Sem chegar a conclusões, mas pelo menos me conhecendo um pouco mais, o que sempre é positivo. Por mais que pareça o contrário. Tenho aprendido - ou será apreendido? - muito nos últimos tempos. Sobre minhas relações no trabalho, em casa, com os amigos... comigo mesmo... É difícil ser preciso, mas vamos tentar. Dividir em mundos, então?

Quando eu repito que 2008 é o ano do trabalho, todo mundo já sabe. Mas no começo do mês eu tive uma conversa com minha chefe (O horror!), em que ela tinha me falado uma coisa de que não gostei. Tinha dito que me faltava um pouco de maturidade. Na hora eu odiei ouvir aquilo, porque não tem coisa que um aquariano deteste mais do que admitir que os outros estão certos. E pra este jovem gay aqui não tem coisa pior do que ser criticado, mesmo que justamente. Mas, se não falei pra ninguém, e senti que não tinha muito em quem confiar para dizer isso e não me julgar, digo aqui: ela está certa. Ainda me falta amadurecer um pouco, aprender a dizer não, a me afastar quando devo, a deixar os outros viverem suas vidas. Dizem que o primeiro passo pra resolver um problema é reconhecer a existência dele, então eu devo estar no cominho certo. Só falta descobrir como prosseguir agora.

Em casa, tudo bem, graças! Desde que ficamos apenas nós três (eu, minha irmã, minha mãe) aprendemos a nos respeitar um pouco mais, a nos preocupar um pouco mais um com o outro, e isso conta muito. O fato de nossa situação financeira estar finalmente se estabilizando depois de um turbilhão que durou um ano também ajuda. Pra estar tudo perfeito, só falta minha mãe melhorar de saúde. O médico ortopedista em que ela passou disse que ela está com hérnia e um problema de coluna sério, e a encaminhou para um especialista em neurocirurgia. E também recomendou que ela mudasse de casa urgente! Claro, porque isso é super fácil, tem centeeeenas de casas que nós podemos alugar, todas térreas, pintadas de branco, com jardim e varanda. Not!!
Enfim, ela está fazendo um check-up, e assim que terminar devemos decidir o que fazer, se alugamos a casa em que estamos e mudamos para um apartamento, se vendemos... O momento é de indefinição, pra dizer o mínimo.

Amigos.... essa tá complicada. Já falei da sensação de traído por um, traído por mil que tinha me acometido? Pois é, passou. Mas tive maus momentos neste mês, revendo muitos conceitos de relações que, para mim, estavam sem nenhuma mácula. Muito chato, mas eu preciso me lembrar de tempos em tempos que o erro de esperar mais do que as pessoas podem dar, na verdade é meu. Tá certo que se for manter amizades apenas na base do que me demonstram acho que acabo indo morar numa ilha deserta, mas é que magoa de vez em quando, sabe? Principalmente quando te julgam sem nem saber da história toda! Eu sei que não sou a pessoa mais justa, mais honesta, mais sábia deste mundo, mas pelo menos dou o benefício da dúvida aos meus amigos. Procuro saber os motivos que os levam a determinada ação ou atitude, e pra mim, todos são inocentes até que se provem culpados. E não senti que essa consideração foi recíproca. Agora estou aprendendo a me preservar, para depois não ficar sozinho recolhendo os caquinhos. Isso é uma péssima constatação para alguém com altas doses de cinismo no sangue, mas o que fazer? O show deve continuar...

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