26 de novembro de 2008

Insight

Ontem tive uma epifania a respeito de relacionamentos. Mais precisamente, a respeito de minhas reações a relacionamentos e encontros amorosos... Me lembrei de que, alguns anos atrás, saí com um amigo (que hoje eu perdi o contato) do Nordeste, que estava de passagem aqui por alguns meses. Já tínhamos cruzado esta cidade, uma vez muito dos ingênuos, fazendo o roteiro dos cinemas do centro de SP, pra ver como é que era. Claro que não tivemos coragem de entrar em nenhum, óbvio. Foi com ele que eu, por outro lado, tomei coragem pra ir numa boate, a finada Level, e descobri o que era um DR.

Até que ele fazia o meu tipo, mas, uma vez, perto de ele ir embora da cidade, fomos a uma outra danceteria, a também falecida Puerto Livre. Não ficamos com ninguém nessa noite. E para ele passar a noite em branco era sinônimo de não ter aproveitado nada. E ele perguntou, no ponto de ônibus voltando pra casa, se eu não queria beijá-lo, e eu, adivinha só... disse que não! Chupa essa manga!! Nem sei se tinha algum motivo pra reagir assim na época, mas hoje só penso em por quê, por quê, por quê?! Olhando ainda mais pra trás, dá pra pescar vários episódios dolorosamente parecidos. Desde o ginásio. Ter memória de elefante é uma merda!

Enfim, é tudo uma questão de auto-imagem, e das mais cabeludas: pensa, eu só fico fissurado naquilo que é inatingível, nas pessoas que eu sei que vai dar em nada. Ou porque não gostam de mim como eu gosto delas, ou porque já estão comprometidas com alguém, ou porque não são viáveis em termos de distância... Extrapolando mais ainda: temo que meu subconsciente considera que, se a pessoa gosta de mim e demonstra interesse, é porque ela tem algo de errado, e portanto: béeeeeee! Nooot!! Não é doido?

Ok, problema identificado. Tendência para a auto-sabotagem... Agora só falta descobrir como mudar essa parte. Que eu preciso mudar já entendi, só preciso definir como começar...

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