20 de julho de 2010

Investigação à Brasileira

Terminei de ler esses dias Os Viúvis, de Mário Prata. Foi emprestado de um colega do trabalho, e geralmente eu não tenho muito ânimo de ler livros emprestados, devo confessar. Talvez seja algum resquício de ter de ler obras compulsórias durante o ginásio e colegial. Aliás, o "ter de" é uma certa dificuldade para eu enfrentar em todas as esferas, essa não é exceção. Porém, foi uma ótima surpresa esse empréstimo e recomendação, gostei bastante do texto do Mário Prata. Já sou fã de literatura policial, e a injeção de humor que o autor proporcionou foi excelente, a começar pela dedicatória: "Para Digma, modelo". Genial. O ritmo, a ambientação em Florianópolis, os personagens que não são unidimensionais, e as surpresas do enredo amarram uma ótima leitura.

Vale ainda citar o texto da orelha, que fala que um dos trunfos de um livro é a arte de dar nome às personagens. Esse é um ponto para o qual eu ainda não tinha atentado, e é uma grande verdade. Principalmente na literatura brasileira, eu tenho esse problema, acho a sonoridade dos nomes estrangeiros tão mais rica, que torna um prazer ainda maior a leitura. Felizmente esse também vai na contramão da maioria, e os personagens vestem seu nome com toda a naturalidade. Ah, sim, tem ainda a citação de Bertold Brecht, que aparece algumas vezes no texto, e dá uma amostra do que é o livro:

"O que é roubar um banco, comparado a fundar um banco?"

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