11 de dezembro de 2010

A mão do Destino

A sexta-feira foi atípica, não só pelo fato de tudo ter dado tão certo quanto possível, mas também pelo fato de eu ter conseguido, pela primeira vez em muito tempo, manter as expectativas no nível do real. O último evento do ano foi uma coletiva com clientes, e tínhamos marcado de vários jornalistas irem. Pelo que o meu chefe n.2 falou, tivemos um recorde, então o resultado foi que na hora do almoço todos estavam muuuuito relaxados, tomando o vinho disponível a rodo. Eu também me empolguei e tomei três taças, mais para pontuar um final de ano que está chegando do que qualquer coisa.

Em paralelo a isso, o palestrante desse evento foi justamente o ex-patrão do meu pai, que era dono da casa onde morávamos na zona Oeste, e que tinha pedido a casa de volta pouco antes do meu pai morrer em 2006. Quando eu soube que ele estaria lá, há uns 20 dias, é claro que mil cenas se passaram em minha cabeça. Eu chegando para me apresentar e dizer algumas verdades... Ou fazer a linha phyna e tratar com desprezo. Mas consegui me controlar e não manter as fantasias à solta, como disse acima, e no final das contas eu estava correndo tanto, fazendo o meu trabalho com os jornalistas e os executivos presentes, que perdi o começo da apresentação do homem. No final, quando ele se levantou e precisou de ajuda para se locomover e ir embora eu só pude lamentar, lamentar muito o rumo dos acontecimentos, mas sem rancor e sem raiva. Apenas uma mágoa, mas também percebo que ela é bem menor do que antes. Me deu um sentimento de superação, de liberdade, sei lá. Dessas sensações que são praticamente impossíveis de se descrever.

Ao final do dia, depois de trabalhar um pouco no escritório e planejar as coisas para esta semana, quando eu lembrei que tinha acordado às 5h da manhã e estava fazendo um sol invejável às 17h30 da tarde, juntei minhas coisas e fui embora do escritório. Ainda mandei um SMS para o Fábio para ver se ele queria fazer alguma coisa, mas como ele já tinha marcado compromisso, acabei improvisando. Botei o fone de ouvido, comprei uma Coca-Cola gelada, e fui pro Ibirapuera dar uma volta e ler. Acabou sendo muito legal, o parque estava ótimo, e muito bem frequentado. Ainda não foi dessa vez que tive coragem de ficar lá pra ver o movimento à noite, se é que vocês me entendemmm... Mas ainda experimento.

Quando estava voltando pra casa me ligaram avisando que tinha pane (de novo) no Metrô. Em seguida uma colega me ligou do trabalho, avisando que eles estavam saindo de um cliente que fica na Paulista, bem por onde eu estava passando! Feliz coincidência, fizemos um rápido happy-hour até quase 21h, e eu ainda passei na Fnac pra comprar umas revistas pro fim de semana.

Um final bem agradável para uma semana beeeem agradável. Espero que isso se repita ainda por um bom tempo.

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