6 de janeiro de 2011

Vestiário masculino

Dias de por em prática o que venho lendo e discutindo na terapia. De botar a confiança conquistada a duras penas no trabalho pra funcionar mesmo, e tentar levá-las para outras áreas. Mas aos poucos eu consigo, tem mostrado resultados. 

Mudaram os professores de natação da academia (de novo). Apesar da minha mãe ter comentado que a velharada da hidroginástica já está resmungando que eles são ruins (com menos de uma semana no trabalho!), eu até que gostei da dupla, o cara me deu altos toques na aula de hoje, e a menina também foi superatenciosa na de ontem. O pitoresco da academia fica por conta de um detalhe que eu nunca percebi, mas que esses dias tava reparando: nunca fiquei inibido de tirar a roupa no vestiário, tomar banho, me vestir... E isso não é por falta de reparar nos outros corpos expostos, com certeza! Mas tem gente que fica inibida, dá pra perceber. Se enrola todo na toalha, coloca uma cueca à velocidade da luz... Eu acho até que um dos pontos positivos da experiência da academia, o fato de tantos corpos, de idades, tipos e tamanhos diferentes, conviverem no mesmo espaço. 

Se tem uma coisa que eu coloco mais do que depressa é o óculos, porque com 4 graus de miopia eu não enxergo é um palmo diante do nariz, ninguém merece. A única coisa que eu fico encanado, mas tenho tentado combater, é achar que as pessoas estão com receio de conviver, ou de ficar no vestiário enquanto eu estou lá. Apesar da saber, conscientemente, que não tem nada a ver, é um reflexo que sempre bate e eu tenho de espantar. Passos pequenos, passos pequenos...

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