12 de agosto de 2008

Surpresa... NOT!

Quem me conhece sabe, não tenho o dom pra sutilezas. Sim, eu sou aquele pra quem você evita usar de ironias, subterfúgios, rodeios, artíficios, joguinhos mentais. Levo tudo que me dizem ao pé da letra. Considero o modo mais fácil de encarar um problema simplesmente colocar as cartas na mesa e falar a respeito. Quem não se comunica se trumbica, certo?

Então por que é tão difícil para as pessoas serem diretas? Irem ao ponto sem ficar enrolando? Não sou idealista, mas se tem uma coisa que acredito, quase como os hackers, é que a informação quer ser livre. Qual o benefício de postergar uma conversa necessária, com a justificativa de que 'não quer fazer o outro sofrer'? Não é mais fácil arrancar de uma vez o band-aid? Além de ter o estresse de encarar uma situação, ainda é preciso sofrer por antecipação? Esse sadismo enrustido me tira do sério.

Sim, toda essa indignação pode ser traduzida como ansiedade. Mas olha, até que nos últimos tempos eu não fico mais ansioso como antigamente. Aqui no trabalho mesmo, tenho a convicção de que estou fazendo meu trabalho da maneira mais honesta e ágil possível, então essa é a minha bandeira pro caso de alguma coisa dar errado. E muito pouco tem dado errado, pelo menos nesse sentido.

Também tenho aversão a surpresa. Pode me chamar de paranóico, que tenho mania de perseguição, entre tantas outras coisas. Já me tacharam de coisa pior. E eu continuo sem querer surpresa. Para mim, a vida já é imprevisível (e interessante, por que não?!) o suficiente sem precisar segurar os acontecimentos para causar um efeito. Desde quando isso dá certo? Minha experiência nesse campo se traduz, na quase totalidade, em anti-clímax mil. Existe um certo limite para você manter presa atenção das pessoas. No meu caso, é como assistir um comercial na TV, em 3 seg. já estou focando em outra coisa.

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