Nesta sexta-feira, apesar de um resfriado que tinha me afetado no começo da semana, acordei bem animado, com um sentimento (mais comum hoje em dia do há muito tempo acontecia, admito) de que as coisas dão certo no final. E esse sentimento vem, creio eu, de estar conseguindo assimilar que as coisas não precisam acontecer exatamente como o planejado para serem boas, prazerosas, resultarem em boas lembranças.
Apesar de ter sugerido uma balada que duraria a noite toda, não sei se meu organismo resistiria, e também é preciso levar em conta que as outras pessoas também têm suas rotinas e compromissos durante a semana que também podem ser cansativos. Tenho uma tendência a esquecer disso. Mas, o fato de não estar mais disposto a encarar essa balada não quer dizer que eu precise me privar da companhia dos amigos, ainda mais que um deles está de partida para uma viagem de um mês. Acabamos saindo apenas a um happy hour básico, coisa de pouco mais de duas horas, mas que foi extremamente divertido, rimos como há muito não acontecia, e ficou aquela vontade de repetir, de que essa viagem passe logo para ter mais histórias pra contar.
Às vezes eu encano que estou insistindo demais pra sair, pra fazer alguma coisa, e me incomoda um pouco quando eu percebo a ausência de entusiasmo das outras pessoas que eu convido. Quer dizer, me incomoda bastante. Mas tenho que aceitar que 1) as pessoas não precisam aceitar o que eu proponho, mesmo que em meu egocentrimo pense que sei o melhor para todos, e 2) eu gosto de propor lugares, gosto de me preocupar em fazer algo que agrade a turma, gosto de reunir as pessoas ao meu redor. Não que eu tenha um grande círculo de amigos, ou frequente inúmeras turmas, essa é outra questão. Mas conquistei uma certa confiança de que os amigos verdadeiros, presentes, eventualmente vão concordar com as minhas sugestões, e vão curtir e se divertir. E se isso acontece, ótimo. Mas, se por acaso um não quiser ou puder, por algum motivo, isso não quer dizer necessariamente que deixou de gostar de mim, que mudou alguma coisa no relacionamento.
Outra faceta dessa questão de autoconfiança é a vontade que me dá às vezes de sair sozinho pra um barzinho ou balada ou sauna, quando ninguém mais quer, e que eu não realizo muitas vezes, justamente por medo de ir sozinho, ou receio, ou timidez, os termos se sobrepõem. É um trabalho de construção de autoimagem constante. Mas estou aprendendo a apreciar as etapas do processo, até agora devo reconhecer que tem dado certo.
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