1 de agosto de 2010

Domingão

Hoje foi dia de faxina, afinal de contas quem mora na casa tem que contribuir para mantê-la, certo? Pelo menos aqui isso mais ou menos funciona, embora eu admita que poderia fazer mais. Pelo menos não sujo tanto e recolho as minhas coisas. O espinho nesse dia foi o retorno das festas do vizinho dos fundos, pra meu terror e desespero. E olha que há meses estava sossegado. Mas eles meio que fizeram uma divisão na casa que dá fundos para a minha janela, onde moram umas três ou quatro famílias - um cortiço na verdade, mas nada de exótico como o livro de Aluísio Azevedo. Foi só a família da "casa" maior se mudar, que o pessoal do fundão aproveitou pra chamar a parentada e fazer um churrasco. Até aí, tudo bem, mas churrasco de domingo é igual a som com forró brega no último volume. E tem sido assim desde que mudamos para cá, há quatro anos.

Mas hoje em dia eu aprendi a conviver, na medida do possível, com esse karma ruim. Quantas vezes já berrei, discuti com minha família, já descobri o telefone deles para ligar reclamando, já chamei polícia (não recomendo, é inútil). Uma vez cheguei ao absurdo de pegar um ovo para tacar no quintal deles. E para quê? O que isso resolveria? Absolutamente nada. Hoje em dia prefiro pegar minhas coisas, sair, dar uma volta e comprar algumas coisas no shopping, até voltar e estar tudo em paz novamente. Não é conformismo, tenho plena convicção de que eles ainda vão encontrar alguém mais casca grossa ou um dia ainda vão reclamar do barulho alheio. Mas minha paz de espírito e a convivência aqui é mais importante.

E olha que, com a mudança de tempo em São Paulo nesta tarde de domingo, antecipamos a volta para casa, e eles já estavam limpando e acabando a festa. Não se faz mais zorra como

Um comentário:

Antonio de Castro disse...

dependendo da situação, o conformismo cai bem.

e daí q vc nao gritou reclamando?
melhor vc dar uma volta mesmo p manter o clima