17 de agosto de 2010

Mais reencontros

Acho que eu precisava mesmo cometer o facebooquicídio, porque não estava conseguindo raciocinar com essa coisa a me incomodar lá no fundo. Hoje o dia foi bastante produtivo, rendeu no trabalho, e as pessoas para variar estavam empenhadas. Seria ótimo se continuassem assim por um longo tempo. E o dia ainda rendeu mais um reencontro inesperado.

Um dos jornalistas que compareceu a um evento organizado pela agência onde eu trabalho revelou ser um colega de faculdade que eu não via há uns 8 anos. Colega talvez já seja esticar o termo, porque acho que nós conversamos apenas algumas poucas vezes, dava pra contar nos dedos de uma das mãos. Mas ele também se lembrava de mim, e isso foi bem legal. Mesmo porque, eu estava, em 2002, apenas começando a me aceitar como gay, e depois de tantos traumas e bullying desde o ginásio, não era fácil para mim fazer amizade com héteros. Ele sempre me pareceu me tratar numa boa, sem preconceito nem reações não-naturais, acho que com a segurança dos bem resolvidos que não acham que a gente vá avançar por cima de qualquer um com alguma coisa entre as pernas. E olha que ele era um dos mais bonitos da faculdade, na opinião de várias das meninas de lá.

Outro fato inusitado referente a esse encontro é que eu já havia falado com ele depois de formado na faculdade e comecei a trabalhar como assessor de imprensa. Como eu nunca soube o nome dele no ano em que ficamos na mesma turma, eu não podia imaginar que o mesmo jornalista de economia com quem eu falei em 2005 e 2006 era o carinha que ia à aula de bermuda tipo surfista em 2003. Nem que seria o repórter especializado que eu viria a encontrar novamente em 2010. Esse mundo é mesmo uma bolinha de tênis, mas por uma vez eu fiquei feliz e surpreso positivamente em reencontrar esse pedaço do passado.

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