23 de março de 2011

Faroeste Caboclo

Daí que eu fui pra Brasília novamente nesta quarta-feira, a trabalho. No começo não fiquei contente, mas eu nunca fico contente de cara com qualquer coisa que aconteça pra mudar minha rotina. Some-se a isso o eterno medo de tudo que pode dar errado e de ter de resolver as coisas por mim mesmo e me expor, e fica impossível relaxar. Mas, desde logo cedo, tudo deu certo. Meu chefe deu boas dicas e orientações, cheguei no aeroporto e o vôo de ida foi tranquilo, e dali pra frente as coisas se encaixaram. Apesar do clima bem mais agradável do que a última vez que estive na cidade (há exatos dois anos - dá pra ver a postagem correspondente no blog, rs...), a agenda estave muito apertada. Durante o dia inteiro, fiquei só com um misto-quente e uma coca-cola.

Acabei participando, a pedido do meu cliente, da reunião no gabinete do Ministro. Parecia coisa de filme de máfia. Os capos todos alinhados em torno do ministro, mais ou menos de acordo com a ordem de importância, e os consiglieri todos em cadeiras atrás dos seus respectivos assessorados. Tudo bem que a única vez em que me inclinei pra falar com meu cliente foi pra perguntar se eu podia descer que o importante da reunião tinha passado. Mas, no geral, deu tudo certo, e todos ficaram bastante satisfeito - meu cliente, os jornalista e, por extensão, eu mesmo.

Só pra encerrar, o prosaico das coisas: não consigo tirar aquela sensação de que um avião é um meio meio antinatural de transporte, né? Aquela coisa enorme, pesadona, voando pelos ares com um monte de gente dentro, encapsulados e dependendo de um cara só? Muita responsa ser piloto, viu? Eu não conseguiria. Mas nada como ver as luzes de São Paulo na hora da chegada. Lindo, lindo!

A outra coisa é o espírito de proletariado que não me larga: não consigo me imaginar pegando um táxi lá do aeroporto de Congonhas até o lugar onde eu moro e depois pedir reembolso de uma corrida que, fácil, ultrapassa os R$ 100. Peguei um ônibus até o metrô e vim normalmente, como voltando de um dia de trabalho. Don't call my name, don't call my name, Caxias!

Nenhum comentário: