9 de outubro de 2012

A Chegada

Então é isso, assim completo minhas primeiras 24hs em Nova York. A sensação ainda é de bastante estranheza, mas acho que é mais pelo cansaço e expectativa da vinda do que pela cidade em si.

O voo para cá foi bastante cansativo - apesar da vantagem de ser direto é muito desconfortável ficar 10hs sentado numa cadeira. Nem sei se quem viaja de primeira classe se dá muito melhor, mesmo porque a classe econômica me pareceu bastaaante confortável quando comparada às poucas vezes em que viajei de avião antes. Também tive sorte de serem pessoas agradáveis (ou pelo menos inócuas) ao meu lado, então o único problema foi o meu desconforto e a tendência natural de perder o sono nas primeiras noites em que estou fora de casa.

A chegada em si foi tranquila. A passagem pela alfândega, checagem de passaporte levou cerca de meia hora e nem me perguntaram muita coisa. Nem tiraram todas as minhas digitais, mas acho que foi mais porque meu passaporte e visto já são no modelo novo - ainda bem. No aeroporto, não quis confiar nos caras oferecendo táxi, e acabei reservando um carro particular, que eles chamam de limo - não serve só para limusine, apesar que o mais barato já é um puta de um sedan, um Lincoln. Nem dá para descrever. O motorista, um indiano ou paquistanês chamado Rajit, foi bastante simpático, me mostrou as obras no novo WTC, a ONU, e consegui umas fotos lindas do amanhecer na Ponte do Brooklyn.

O hotel também é bem bacana, o recepcionista também me ajudou super já fazendo o check in desde o dia anterior. Também descobri que no último dia após o checkout eu posso deixar as malas numa área do lobby e pegar só quando for para o aeroporto. Cena engraçada do dia: o recpcionista fazendo mímica para um casal de alemães para explicar como funcionava o chuveiro e não a banheira. Nas palavras dele: "Aqui nós trabalhamos num circo"! Mas eu tentei não rir, porque eventualmente eu também vou fazer alguma pergunta estúpida (ou várias) nesses dez dias.

Mas esse primeiro dia eu tinha reservado mesmo para me aclimatar à cidade, ver como eram as coisas, se eu conseguiria me adaptar ao sistema de Metrô. Embora eu tenha tido uma certa dificuldade com a máquina de venda e para passar o bilhete em si na primeira vez, consegui me orientar superbem nas estações e nas linhas e entradas que são um pouco diferentes, mas não tanto assim do Metrô de São Paulo. O resto do dia foi dedicado às compras mais prementes, uma câmera digital decente e um iPad novo - porque eu também mereço uma extravagância de vez em quando.

A maior dificuldade mesmo foi superar a timidez na hora de comer. Se isso já é uma dificuldade para mim falando português, imagina em outra cidade, em outra língua e sozinho. Na hora do almoço apelei para o mal conhecido e fui comer no Applebee's, não só para comparar com o que eu conhecia como também para comprovar que é mais barato, mesmo na conversão, do que o do Brasil. Já na hora do jantar foi mais complicado, confesso que não me animei a entrar em nenhum dos bares ou restaurantes que vi mais cheios no bairro do SoHo. Acabei comprando um lanche e umas barrinhas para comer em uma Deli e voltei para o hotel por volta das 20h30. O que não foi ruim porque só tinha descansado mesmo por uma horinha à tarde, então deu para me recompor para esse primeiro dia de verdade.

O balanço do dia então é esse: a ficha ainda não caiu de todo, mas estou aqui, e essa realidade é imutável. O mundo ficou maior.

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