6 de fevereiro de 2008

A Balada Furada/A Balada Não Tão Furada

Tenho aqui comigo e com a Lei de Murphy que um dia que começa bom, possivelmente terminará não tão bom, e eu um dia que começou ruim é muito provável de terminar bom... Vamos ao exemplo.

Neste Carnaval, eu e meus amigos planejamos muitas baladas. Nem todas deram frutos. No sábado fomos em uma que prometia música brasileira em uma pista, com show de drags às 2hs, e na outra pista house. Ok, mas chegando lá, parecia o 10º círculo do inferno de Dante, aquele de que ele não falou: o Inferninho Gay. Gente feeeeia, ar condicionado ligado, drags que só apareceram às 4hs! e nem vou falar da música. Quando as melhores foram funk, é sinal de que há algo muito errado. Mas deu pra conhecer gente legal, algumas das músicas foram bacanas e - funk por funk - pelo menos eu não fiquei escutando o barulho dos vizinhos e conheci gente bacana, demos boas risadas.

Manzzzz... segunda-feira. Resolvi de última hora sair, desta vez pra uma balada em Pinheiros. A noite já começou a render na ida, no ônibus. Um carinha, que eu reparei que jogava bem no meu time, entrou na minha frente e pediu para eu passar na catraca, pois ele estava ainda procurando o dinheiro (pobres moedas!). Bem, ele não achou, e pediu para o cobrador se aceitava alguns centavos a menos, acho eu. O cobrador perguntou se ele não podia pedir ao colega (e olhou para mim). O carinha falou que eu não era colega dele, mas eu tive um insight e aproveitei a oportunidade. Todo cavalheiro, me ofereci para passar o cartão para ele. Ele insistiu em recusar, mas eu passei assim mesmo. Para retribuir, ele se sentou ao meu lado e fomos conversando. Eu disse que estava indo dançar, e ele disse que estava voltando para casa. Quando eu falei o nome do lugar onde eu ia, pronto, fechou! Tive coragem de propor 'quem sabe na próxima', e ele me passou o telefone. Nem acreditei. Ainda não liguei, mas só de ter dado certo essa abordagem bastante incomum fiquei muito feliz.

Durante a balada mesmo, só curti a noite (ar condiconado faz uma diferença, e músicas boas também!). Teve um carinha mais velho que ficou olhando o tempo todo, rodeando a nossa turma. Meus amigos falaram pra eu chegar junto, mas como eu não tinha certeza, deixei para lá. Mas o carinha voltou! E ficou de novo por lá, então eu criei coragem - pela segunda vez na mesma noite - e fui lá falar com ele. Perguntei: "Você tá de olho em alguém específico ou eu posso te beijar?" Ok, não foi a mais brilhante das cantadas. Mas foi uma cantada, não? Não sou especialista... Ele começou a falar: "Ah, eu tô com um amigo, blablablá, whiskas sachê", mas, sinceramente, eu nem dei mais atenção. Claro que eu fiquei muito puto na hora, e isso quase estragou a noite, mas deu pra curtir o resto. O fato de ele não ter ficado com mais ninguém ajudou, eu nunca fui tão ético assim, hehehehe...

Ah, teve um epílogo. Eu infelizmente não posso entrar em detalhes pra não parecer vagaba demais, mas alguém já ouviu falar daquela música que fala "pirrrrrrranha do banheirrrrrro?" Bem, muito prazer, eu sou a pirrrrrranha...

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