20 de janeiro de 2009

Conversa de Corredor

Desde que assumi que sou gay no trabalho, a vida se tornou bem mais fácil. Tenho aqui comigo que não enganava ninguém querendo me passar por hétero, e as pessoas se ressentiam disso, de saberem que estava tentando enganá-las, mesmo num nível subconsciente. Não que eu os perdoe por, em vez de serem inclusivos e se colocarem no lugar de um ser humano que ainda não encontrou o seu próprio, decidirem espicaçar e descontar suas frustrações com chacota e humilhação.

Fato é que, mesmo sendo assumido e não dando chance pra isso vir a ser um critério que determine o resultado do meu trabalho, uma piadinha ou outra sempre passa. Como hoje, aqui no escritório. Do nada, um cara diz que está usando base para evitar de roer unhas, e vira para mim e pergunta se eu faço a unha. Quem me conhece, sabe que às vezes a resposta vêm na lata, mas outras nem tanto. Eu podia ter respondido: "Porque, você tá querendo umas dicas?" ou "Faço sim, e também ponho peruca, um vestido e imito a Cher todo fim de semana", respondi: "Não, arranco as minhas a dentadas". Ok, não foi a mais brilhante das patadas, mas já deu pra pessoa perceber que o terreno é incerto. E assim caminha a humanidade.

Um comentário:

Fabiano (LicoSp) disse...

Aqui no escritorio as coisas melhoraram muito depois que entrou um amigo meu que era assumido e depois q me assumi 100%.

Antes rolava muita fofocas e talz.
Hoje o clima aqui é bem familiar... rolam sim as fofocas por tras, as piadinhas, mas nada ofensivo.

Eu no caso acima, teria optado pela resposta "Quer umas dicas?" e depois zoar com ele com os outros dizendo que ele qria dicas para as unhas.... fazemos isso sempre aqui, entao acaba ficando divertido.

Temos de tomar cuidado para não sermos como os petistas roxos...rs... q tudo q é dito é considerado como algo ofensivo q merece um processo...

See u