10 de agosto de 2010

Aparando arestas

O clima mudou um pouco hoje no trabalho, um pouco porque eu me forcei a conversar com meu chefe. Não tava me sentindo bem com essa de uma hora eu ser bom demais para chegar a gerente, na outra me passa um sermão como se eu tivesse acabado de sair da faculdade. E ser pego entre negociação de sócios também complica um bocado. Felizmente deu pra eu colocar meus pontos de maneira clara, e mais ou menos sem tremer nas bases.

Todo conflito pra mim é muito angustiante. Não tem jeito. Esses dias, durante uma reunião, ouvi uma executiva falar que de certa maneira angústia é algo bom, quer dizer que você não fica tranquilo enquanto não resolve alguma coisa, e que ser uma pessoa angustiada no trabalho pode ser um fator de qualidade nos resultados. Não sei se concordo, mas entendo o que é se sentir oprimido com as coisas mal resolvidas. Todos devem entender essa sensação, mas será que ela é dominante em alguns e em outros não? Por que será?

Retomando o ponto, mais uma vez, para mim os conflitos é que são angustiantes. Não há nada que não possa ser resolvido com educação, com paciência, com diálogo. Nada me deixa mais contente quando percebo que sou respeitado a ponto de alguém vir conversar comigo sobre algo sério. Profissional ou pessoal, é algo que me é gratificante. Por outro lado, não há desculpa para descortesia. Você apelar para a a grosseria, a estupidez, a mente pequena é o fim. E mais uma vez, no pessoal ou no profissional, justamente para evitar conflitos, prefiro cortar o mal pela raiz e me afastar de vez da fonte de conflito. Com raríssimas exceções, e com pessoas muito especiais, eu paguei pra ver, arrisquei chamar para a conversa, ou retomar o contato depois de passado um bom e longo tempo para que eu visse a situação sob uma outra ótica, e dessa maneira recuperei relacionamentos muito importantes para mim. Do resto? Como o próprio termo já implica, não sinto a menor falta.

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