26 de setembro de 2010

Dia 26 - A semana, em detalhe

Fui previdente e anotei como foi minha semana prevendo este post. Vamos lá:

Segunda começou tensa, meu chefe pegando no meu pé, por conta de um cliente que tem problemas com ele, e não necessariamente comigo. E sempre é por e-mail, isso me deixa muito perturbado. No começo do dia, quando eu peguei o ônibus logo cedo, recebi o troco errado do cobrador, e devolvi. OK, não foi muito, mas me senti bem com a boa ação logo cedo na semana. No final do dia, acabei recebendo um elogio inesperado justamente desse cliente tido como problemático por todos os outros.

Terça foi dia de terapia, mudei por conta do evento que eu teria no dia seguinte. Quando passo na Estação Tatuapé, abarrotada de gente. Depois soube que era por conta da pane, mas achei que era alguém que tinha tentado, ou até conseguido, se matar, como já aconteceu outras vezes. A sessão de terapia foi um pouco difícil esta semana. Muitos questionamentos, muitas lembranças duras de digerir. Pude ajudar uma moça que estava indo a uma entrevista de emprego quando saí da sessão e fui para o trabalho. E também no fim do dia confirmei a ida de uma nova colega para o escritório, alguém que eu acho que vai ajudar bastante a avançar com nossos clientes na agência.

Na quarta ocorreu o evento de um cliente que atendo há quase três anos, e posso dizer que foi bem-sucedido. Foram muitos jornalistas, consegui boas divulgações na semana, deu tudo certo. Apesar disso, continuei assombrado por uma sensação de insegurança, de falta de rumo. Segundo um amigo muito querido, isso é esperado quando a gente sai da zona de conforto, e até ficar confortável no novo papel. Mesmo assim, tem sido muito difícil em alguns dias aguentar essa barra. Não sei se essa dificuldade tem diminuído com o passar do tempo, mas espero que seja mais evidente em Outubro.

(Um parêntese: na quarta e na quinta vi no cruzamento das Avenidas Santo Amaro e Juscelino Kubitschek uma turma de estagiários da CET, fazendo contagem de veículos. Essa é a coleta de dados que a companhia faz para monitorar o trânsito da cidade, um trabalho que eu fazia, e tinha a Camila como colega, há mais de 10 anos, quando estava no colegial técnico. Aí eu tive uma visão mesmo de quanto tempo se passou, do quão longe eu já cheguei, e o quanto eu ainda posso conquistar e evoluir).

A quinta-feira foi um dia importante para me ajudar a suportar essas dúvidas, a enfrentar essas dificuldades. Apesar de ter ouvido o pior pedido de desculpas por conta de uma funcionária sem noção de um dos clientes (de novo me vi às voltas com um "Me desculpa se você se ofendeu com o termo que eu usei". Longa história. Fora isso, meu chefe usou novamente de emails pra extravasar as frustrações dele. Na hora eu nem liguei (muito), mas essas coisas ficam passando pela minha cabeça nos dias seguintes. Não sei porque essa susceptibilidade toda. Vou guardar pra falar com a terapeuta nesta próxima semana.  Apesar disso, os clientes estavam muito satisfeitos, e tive contatos com ótimos veículos para me dar a segurança de que estou fazendo um bom trabalho.

Sexta-feira foi tranquila e rápida, ainda bem. Tive que acordar cedo pra uma reunião na Vila Olímpia, que foi um pouco polêmica. Apesar disso, consegui sair sem maiores problemas na hora do almoço, e no fim do dia fiz um happy hour com o Fábio no Applebee's lá do Itaim. Foi bom pra poder ouvir dele as boas novidades, dividir os meus causos, e também reforçar essa ideia de que não é só o meu trabalho que tem seus altos e baixo, às vezes sem nem dar tempo de respirar.

O fim de semana foi tranquilo, o sábado eu já contei, e o domingo foi o dia de (quase) nada fazer. Só conversando, lendo, curtindo o  fim de semana chuvoso e me preparando psicologicamente para entrar bem o próximo mês, sempre com esperança de dias melhores.

Nenhum comentário: